Doação de órgãos: compartilhando vidas

Dia 27 de setembro, comemora-se em todo o Brasil o Dia Nacional de Doação de Órgãos, data para incentivar a prática e contribuir para o salvamento de vidas. De acordo com dados disponibilizados pelo Governo Federal, em 2017, cerca de 27 mil transplantes foram realizados no país, o melhor cenário de doação de órgãos dos últimos 20 anos.

Apesar de ser uma decisão difícil, é necessário refletir sobre o assunto, afinal, a doação é um ato que pode salvar ou proporcionar uma melhor qualidade de vida para outras pessoas. Só no primeiro semestre de 2017, foram realizadas no país 12.086 cirurgias de transplante, dessas, 7.865 foram de pessoas que receberam córneas novas e 2.928 foram beneficiadas com transplantes de rim.

A doação de órgãos pode ser realizada tanto em vida, desde que não comprometa a saúde de quem faz a doação, a partir do transplante de rins, medula óssea e parte do fígado ou pulmão, quanto feita por doador falecido, com a doação de coração, pâncreas, intestino, córnea, vasos, pele, ossos, tendões, pulmões e fígado. No caso de falecimento, a família pode autorizar a doação dos órgãos em casos de morte encefálica e parada cardíaca. Em caso de morte cerebral, por exemplo, um doador de órgãos pode ajudar até 14 pessoas.

No caso específico da medula óssea, para ser doador é necessário ter entre 18 e 55 anos, não ter doença infecciosa ou incapacitante, realizar exames clínicos confirmando o estado de saúde e se cadastrar como doador voluntário nos hemocentros nos estados.

A Doação de Órgão pode ser a segunda chance de vida para uma pessoa. Em 2018, mais de 40 mil pessoas aguardam na lista de espera por um transplante. Cada modalidade de transplante possui uma fila de pacientes inscritos em um cadastro informatizado. O gerenciamento da lista é realizado pelas Centrais Estaduais de Transplantes, que faz o acompanhamento dos receptores inscritos. As chances de recuperação e adaptação são altas para quem recebe um transplante, assim como para quem doa um órgão.