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Professora do Cescage tem tese de doutorado aprovada pela UFPR
- 1 de outubro de 2019
- Posted by: Juliana Lacerda
- Category: Noticias
Nesta segunda-feira (30), a professora Érika Zanoni Fagundes Cunha, do curso de Medicina Veterinária do Cescage e coordenadora do Mascotes da Alegria, teve a Tese de Doutorado aprovada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). A docente defendeu a pesquisa sobre “Neurobiologia das emoções de macacos-prego sob cuidados humanos.
“Entrar nos sentimentos dos macacos me curou da humanidade desumana. Aprendi uma linguagem não verbal cheia de significado, compaixão e lições. Conclui que em momentos somos eles e eles são como nós. Gratidão eterna ao meu orientador Nei Moreira, aos professores da banca, minha família, amigos, colaboradores e alunos. Estou muito feliz”, comemorou.
A tese foi fundamentada no bem-estar animal de 11 macacos-prego, com orientação do Prof. Dr. Nei Morreira. O experimento com marcadores biológicos e risco de cardiopatias foi desenvolvido utilizando macacos-prego adultos, sendo três fêmeas e oito machos, com idade variando de dois a oito anos. O trabalho foi feito em parceria com o Parque Ecológico Klabin, na cidade de Telêmaco Borba-PR.
O objetivo do trabalho foi avaliar o estresse e qualidade de vida de macacos-prego através de testes de comportamento, marcadores biológicos de estresse, eletrocardiograma e testes cognitivos. “Esses resultados podem ajudar no desenvolvimento de ferramentas de avaliação da qualidade de vida para se identificar sinais de estresse em primatas não humanos que vivem em cativeiro. Os resultados também sugerem que os questionários de qualidade de vida baseados na avaliação da saúde mental são úteis, confiáveis e válidos para avaliar o bem-estar desta espécie de primata”, finalizou.
Brinquedo Funcional
A Prof. Dra. Érika Zanoni Fagundes Cunha, relata que utilizou um brinquedo funcional, num esforço de aumentar a complexidade ambiental e a diversidade comportamental natural dos animais. Barras de cereais foram introduzidas dentro de brinquedos pela manhã, os quais foram recolhidos no final da tarde, permitindo aproximadamente oito horas de período de forrageamento. Os animais foram desafiados a encontrar uma solução para o problema.
“Houve correlação significativa entre a escala e o cortisol e a proteína C reativa (PCR) dos animais o que caracterizou positiva, forte e significativa correlação em ambas as variáveis. Ou seja, à medida que a escala aumentou, o cortisol e a PCR também aumentaram. No desafio cognitivo houve correlação significativa, forte e positiva entre o tempo e a escala de qualidade de vida. Ou seja, quanto maior a escala de qualidade de vida, maior o estresse e o déficit de atenção”, contou.